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A famosa frase dita por Sílvio Santos “Um milhão de reais em barras de ouro, que valem mais do que dinheiro!” se tornou quase um mantra popular. Mas será que é realmente verdade que barras de ouro valem mais que dinheiro? Vamos analisar essa comparação com mais detalhes.
O Valor Volátil do Ouro
O ouro é um metal precioso raro e finito, o que o torna um investimento atrativo e escasso. Por esse motivo, muitos o encaram como uma espécie de hedge ou proteção contra a volatilidade dos mercados financeiros. Porém, diferente do dinheiro que tem um valor fixo e pré-determinado, o valor do ouro é variável e depende inteiramente da lei de oferta e demanda no mercado.
A cotação internacional do ouro é definida diariamente pela bolsa de valores de Nova York (NYSE). Assim como a cotação do dólar, o preço do ouro sofre constantes variações de acordo com diversos fatores macroeconômicos e o ciclo de mercado vigente. Por exemplo, em períodos de alta inflação, os investidores tendem a comprar mais ouro visando proteger seu poder de compra.
Comprando Barras de Ouro
No Brasil, é possível adquirir barras de ouro por meio de corretoras de valores autorizadas como a B3, Ourominas e Banco do Brasil. Porém, comprar ouro diretamente nas ruas das cidades é considerado uma prática pouco segura, já que não há comprovação da autenticidade e qualidade do metal.
Para operar na bolsa de valores e negociar contratos futuros de ouro, é preciso abrir uma conta em uma corretora credenciada pelo Banco Central e CVM. Existem ainda fundos de investimento e ETFs que acompanham o preço do ouro como forma de expor suas carteiras ao metal precioso.
Vale Mais que Dinheiro?
Apesar da fama, não é possível comparar diretamente o valor de barras de ouro com dinheiro. Enquanto o dinheiro tem um valor fixo e predeterminado, cuja única variação é a inflação, o ouro tem seu preço oscilando constantemente de acordo com a oferta, demanda e diversas outras forças de mercado.
Uma barra de ouro vale exatamente a quantidade de gramas que ela pesa multiplicada pela cotação do dia. Por exemplo, com o ouro cotado a R$349,39 por grama em 11/03/2024, uma barra de 1kg valeria cerca de R$349 mil naquela data. Porém, em outro dia a mesma barra pode valer um valor completamente diferente.
O dinheiro, por sua vez, sempre valerá o valor expresso nele, seja R$1.000, R$10.000 ou qualquer outro montante específico. Ou seja, R$1 milhão em dinheiro sempre valerá R$1 milhão, independente da data. Já R$1 milhão investidos em barras de ouro podem valer mais ou menos que isso, dependendo da cotação do metal no momento.
Por esse motivo, não faz sentido dizer que barras de ouro “valem mais que dinheiro”. São duas coisas completamente diferentes, com características e propósitos distintos. O ouro é um ativo financeiro volátil negociado no mercado de commodities, enquanto o dinheiro é uma moeda fixa de valor predeterminado usada como meio de troca.
Investir em Ouro: Vale a Pena?
De acordo com especialistas, atualmente não é um bom momento para investir em barras de ouro físicas. Isso porque, devido à crise econômica de 2023 e aos juros altos praticados, o ouro se desvalorizou 15,89% entre dezembro de 2021 e outubro de 2022.
Essa desvalorização está ligada aos juros reais dos Estados Unidos ficarem mais altos e atrativos, fazendo com que muitos investidores migrarem do ouro para o dólar. A rentabilidade dos títulos do Tesouro americano (Treasuries) também cresceu, desviando recursos do metal amarelo.
A expectativa é que o ouro possa se valorizar novamente caso os juros nos EUA caiam e surjam novos cenários de conflitos geopolíticos e recessão econômica na Europa e Ásia. Nesses períodos conturbados, as barras de ouro costumam ser vistas como um investimento seguro para proteção de capital.
Diversificação é a Chave
Apesar de todas essas nuâncias, o ouro continua sendo um ativo tradicional interessante para diversificar a sua carteira de investimentos. Porém, é preciso atenção com a alocação de recursos e o momento econômico antes de aplicar em barras de ouro físicas.
Como investimento alternativo, opções mais acessíveis podem ser contratos futuros de ouro negociados na bolsa, fundos de investimentos e ETFs atrelados ao preço do metal precioso. Dessa forma, você pode se expor de maneira mais prática ao mercado do ouro sem precisar lidar com as dificuldades da aquisição física do ativo.
No fim das contas, barras de ouro e dinheiro são ativos completamente diferentes, cada um com suas características e propósitos específicos. Longe de “valerem mais” um que o outro, eles podem perfeitamente coexistir e se complementar em uma carteira de investimentos diversificada e bem planejada.