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A depressão afeta cerca de 5% da população mundial, o equivalente a mais de 300 milhões de pessoas. É especialmente prevalente em mulheres, jovens e idosos. Dados da OMS apontam a depressão como a principal causa de incapacidade no mundo. É muito mais do que simplesmente estar triste ou deprimido por alguns dias. É uma condição séria de saúde mental que domina pensamentos, sentimentos e comportamentos da pessoa.
O que causa a depressão?
As causas exatas são complexas e não totalmente compreendidas, mas parece envolver uma combinação de fatores:
- – Genética: histórico familiar de depressão aumenta o risco em até 3 vezes. Variações genéticas podem reduzir a disponibilidade de neurotransmissores.
- – Bioquímica: desequilíbrios dos neurotransmissores cerebrais serotoninérgicos, noradrenérgicos e dopaminérgicos. Isso afeta o humor e cognição.
- – Ambiental: eventos estressantes da vida como luto, divórcio, abuso, problemas financeiros ou no trabalho.
- – Personalidade: pessoas perfectionistas, negativas e autocríticas têm mais chances. Traços de personalidade contribuem.
- – Hormonal: mudanças nos níveis de hormônios sexuais como estrógeno e progesterona após o parto ou menopausa.
Não há uma causa única, e sim a interação complexa desses fatores genéticos, biológicos e ambientais que leva ao quadro depressivo.
Quais são os principais sintomas?
Sintomas emocionais:
- – Humor deprimido e tristeza na maior parte do tempo. Irritabilidade em crianças e idosos.
- – Perda de interesse e prazer nas atividades antes apreciadas. Sentimento de vazio.
- – Sentimentos de inutilidade, desesperança e culpa excessiva. Choro frequente.
- – Ansiedade e inquietação motoras. Agressividade em homens.
- – Pensamentos recorrentes sobre morte e suicídio. Tentativas de suicídio.
Sintomas físicos:
- – Fadiga, letargia e falta de energia e motivação para realizar tarefas.
- – Insônia inicial, intermediária ou terminal. Hipersônia diurna em casos graves.
- – Alterações no apetite com perda ou ganho significativo de peso.
- – Dores crônicas sem causa orgânica aparente. Cefaleias e problemas digestivos.
- – Diminuição da libido e desempenho sexual. Desregulação do ciclo menstrual.
Sintomas cognitivos:
- – Dificuldade de concentração, memória e tomada de decisões. Pensamento e raciocínio lentificados.
- – Visão de mundo e futuro negativa e pessimista. Autocrítica exacerbada.
- – Baixa autoestima e sentimento de incapacidade e fracasso.
Esses sintomas devem persistir na maior parte do dia por pelo menos 2 semanas consecutivas para caracterizar um episódio depressivo maior. A doença tem impacto marcante no trabalho, relações e qualidade de vida.
Quais são os principais tipos?
- – Depressão maior: apresenta o conjunto completo de sintomas num episódio. Mais comum em mulheres.
- – Distimia ou transtorno depressivo persistente: sintomas brandos, porém crônicos por anos.
- – Depressão atípica: aumento de apetite e sono ao invés da perda. Mais frequente em jovens.
- – Depressão psicótica: além dos sintomas habituais, inclui delírios e alucinações. Estado grave.
- – Depressão pós-parto: início após o nascimento do bebê, pela queda abrupta dos hormônios.
- – Depressão sazonal: sintomas no outono/inverno com melhora na primavera. Mais comum em mulheres.
- – Transtorno bipolar: oscila entre fases de depressão e mania/hipomania.
- – Depressão tardia: início após os 60 anos de idade.
Como é feito o diagnóstico?
Não existem exames laboratoriais ou neurológicos que confirmem especificamente a depressão. O diagnóstico é clínico, feito pelo psicólogo ou psiquiatra após:
- – Análise cuidadosa dos sintomas físicos, emocionais e cognitivos relatados.
- – Investigação detalhada da história clínica, psiquiátrica e familiar do paciente.
- – Aplicação de questionários e escalas padronizadas como o Inventário de Depressão de Beck.
- – Exclusão de outras doenças e transtornos que causam sintomas semelhantes, como hipotireoidismo.
- – Observação do comportamento e funcionamento mental do paciente durante a consulta.
O ideal é uma avaliação cuidadosa, criteriosa e individualizada de cada caso. O diagnóstico correto é fundamental para decidir o tratamento mais adequado a cada pessoa.
Como tratar a depressão?
O tratamento envolve tipicamente três elementos combinados:
Medicações:
- – Antidepressivos que elevam os níveis cerebrais de serotonina, noradrenalina e dopamina. Atuam nas causas bioquímicas.
- – Inibidores seletivos de recaptação de serotonina (ISRS), como fluoxetina e sertralina. Também inibidores da monoaminoxiodase (IMAO).
- – Eficácia de 70% a 80% quando usados na dose e tempo adequados. Importante seguir prescrição médica.
Psicoterapia:
- – Terapias cognitivo-comportamentais para identificar e modificar pensamentos e comportamentos negativos.
- – Terapias psicodinâmicas e humanistas para trabalhar questões inconscientes e aumentar autoconhecimento.
- – Terapias de apoio e familiar para melhorar autoestima, identidade e rede de suporte.
Mudanças no estilo de vida:
- – Prática regular de exercícios físicos para liberar endorfinas e serotonina cerebral.
- – Alimentação balanceada, rica em ômega-3, frutas, verduras e grãos integrais. Evitar inflamações.
- – Rotinas regulares de sono-vigília, com luminosidade matinal para calibragem hormonal.
- – Evitar álcool, drogas, isolamento social e ruminações mentais negativas. Buscar apoio familiar e social.
- – Técnicas relaxantes como ioga, meditação e mindfulness para aliviar o estresse.
O tratamento combinado tende a ser mais eficaz do que cada abordagem isoladamente. A depressão pode ser superada, mas requer paciência, perseverança e ajuda profissional. Grupos de apoio também são muito benéficos.